quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Dica de leitura: King Edgar Hotel

Já imaginou um hotel em que cada quarto esconde uma história macabra e cada funcionário possui uma característica estranha e assustadora? Entre um recepcionista que parece ter diferentes idades em diferentes momentos do dia, uma camareira que não tem braços e um mensageiro que não tem olhos, as lendas urbanas rondam a história do hotel, localizado no centro de São Paulo e plano de fundo para as diversas histórias de terror vividas nos 21 andares do grande prédio.

As histórias do King Edgar Hotel começam já em sua construção: dizem que o terreno é amaldiçoado, pois ali anteriormente havia um colégio católico, fechado depois que uma horrível tragédia acabou com a vida dos estudantes e funcionários do lugar. Aliás, há boatos de que foram essas lendas que levaram o pai dos fundadores a enlouquecer e há tempos depois levar os filhos as construir o hotel exatamente ali.

As regras para hospedagem também são uma singularidade do hotel: sem nomes, sem cadastro, sem horários. Pague a estadia e permaneça o tempo que quiser, apenas pense bem na hora de escolher a chave do quarto, pois cada uma reflete o que haverá no dormitório e depois de escolhida, nem pense em trocar. Além do isolamento acústico que cada quarto possui, os danos causados a qualquer patrimônio do hotel não serão descontados do cliente. Com tantas vantagens assim, não é à toa que muitos entrem no hotel e poucos saiam, certo?

Essas são as características do King Edgar Hotel, local onde se passam as histórias contadas no livro homônimo, organizado por Alfer Medeiros e Lara Luft. Num primeiro momento, podemos imaginar que o livro é um romance que se passa em um hotel assombrado, porém logo nas primeiras páginas percebemos que o livro é uma série de contos, muito bem escritos por 68 escritores diferentes, que juntos criam toda a atmosfera tenebrosa do hotel. Cada história se passa em um quarto diferente e ao fim de todas elas entendemos um pouco mais sobre os segredos do terrível hotel.

O livro é muito bem organizado, os contos são angustiantes, como todo bom conto de terror deve ser, e nos fazem questionar até que ponto vai a loucura e qual é a linha que divide a loucura real dos fenômenos paranormais.


O livro foi publicado em 2015 pela editora Andross e possui 528 páginas.


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